sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DA RELIGIOSIDADE PARA A ESPIRITUALIDADE


“Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.” II Coríntios 3: 12 , 16

Estas palavras do apóstolo Paulo expressam sua experiência no judaismo como ele diz em outro texto: “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois.”Atos 22:3

Não há nada pior que você se encontrar com um religioso e ele tentar te convencer com idéias filosóficas que ele adquiriu em algum livro, algum curso que fez ou algo que aprendeu em algum tempo de sua vida. Hoje existe muitos conhecedores de diversas doutrinas , que dão suas vidas por idéias, pseudo crenças , fixação doentias, mas não tem uma experiência com um Deus vivo e verdadeiro.



Paulo era um homem destes. Religioso, seguidor dos costumes judaico, praticante até as últimas consequências (zeloso da lei) mas cego quanto a obra redentora de Cristo . As atitudes de Paulo demonstram muito bem que sua religiosidade não lhe enchia o coração, não lhe dava prazer, paz,esperança, não lhe dava VIDA.

A religiosidade não dá vida, pelo contrário leva a pessoa a morrer espiritualmente: “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” 2 Coríntios 3:6 Muitas igrejas estão abarrotadas de pessoas que nunca tiveram uma experiência com Cristo, que vão pela obrigação, arrastadas por uma tradição velha e morta que não lhes dá vida, não lhes dá visão para poderem caminhar , andam em trevas pois não conhecem a luz. Existem muitos lideres cegos que se apegam a tradições humanas, colocando-as acima da palavra do Deus “ Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” Mateus 15:14.

Paulo para sair da religiosidade precisou ter uma experiência com Cristo, um encontro pessoal com o Senhor, deste momento em diante realmente ouve uma transformação na sua vida, antes disto era só religiosidade. Para poder sermos chamados cristãos, creio que nós precisamos passar por esta mesma experiência deixar cair este homem religioso para levantar um novo homem espiritual.
Jesus sempre abominou a religiosidade: Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.Mateus 23:26

“Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”. Mateus 18: 10,14

“O que você acha: hoje encontramos mais fariseus religiosos ou cristãos espirituais?Pessoas convertidas a Jesus ou a uma falsa religião? Pessoas adoradoras de um Deus verdadeiro ou de um falso deus? Pessoas compromissadas com Deus ou com o dinheiro? Lideres que querem dar conhecimento ao povo ou querem explorá-lo ? Pessoas que querem servir ou ser servidas? Pessoas que querem viver no espírito ou na carne?

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19)

Jesus sempre teve imensa misericórdia com os pecadores mas abominava os fariseus religiosos que o perseguiam.Religiosidade não dá conhecimento.

Vemos Nicodemos, príncipe dos judeus, tão religioso mas tinha um véu que não lhe deixava ver a divindade de Cristo e seu anúncio a respeito do reino dos céus. O que disse Jesus? "Necessário vos é nascer de novo"..., o estado religioso de Nicodemos não lhe permitia ver Cristo como Senhor, Mestre, Salvador.Você precisa despojar, tirar, abandonar a religiosidade para poder ver o reino dos céus, caso contrário ficará somente um religioso.

Outra pessoa que admiro pela sua humildade em algo além da religiosidade é Cornélio: “ E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus”.Atos 10:1,2 se você encontrasse com um homem com essa religiosidade o que você diria? Está salvo? É o suficiente para você ver e ter o reino de Deus? Mas veja o que Cornélio diz: E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado”. Atos 10:32 Não bastava o conhecimento que Cornélio tinha de Deus , ele teria que experimentar, sentir, embeber-se de Deus, então aconteceu o novo nascimento: “ E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios”. Atos 10: 44,45

Cornélio era um ótimo religioso mas não era cristão, a partir deste encontro com Cristo ele se transformou ele experimentou a Deus, há uma grande diferença em conhecer e experimentar, somente conhecer não é suficiente, você tem que experimentar para poder sentir esse novo nascimento que Deus quer dar a você. Religiosidade não salva ninguém.

Nascer de novo, em Cristo Jesus, trará a salvação para sua vida.

Bispo Francisco





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